| O mágico de Oz - L. Frank Baum | 224 páginas | Tradução: Sérgio Flaksman | Zahar | 2,5★ | Amazon |
Sinopse: "Quando estava na metade do caminho, ouviu-se um grito fortíssimo do vento e a casa sacudiu com tanta força que Dorothy perdeu o equilíbrio e caiu sentada no chão. E então uma coisa muito estranha aconteceu. A casa rodopiu duas ou três vezes e começou a levantar voo devagar, Dorothy teve a sensação de que subia no ar a bordo de um balão." Um ciclone atinge a casa onde Dorothy vive com os tios e ela e seu cachorro Totó são levados pela ventania e param na Terra de Oz. Por lá, Dorothy faz novos amigos - o Espantalho, o Lenhador de Lata e o Leão Covarde -, encara perigos, vive histórias fantásticas e precisa enfrentar seus próprios medos. Depois de tantas aventuras, a menina descobre que seus Sapatos de Prata têm poderes mágicos e podem levá-la para qualquer parte. Mas não existe melhor lugar no mundo do que a própria casa. Um clássico indiscutível entre crianças, jovens e adultos.
Muitos de vocês que me acompanham a mais tempo lá no insta sabem que esse livro foi uma decepção para mim. Li em Janeiro, e só tô conseguindo escrever sobre ele agora. Creio que pus muita expectativa - devido, sobretudo, ao hype do bookstan nele - e acabei não encontrando o que esperava.
O primeiro problema, para mim, foi o jeito com que o autor decidiu conduzir a história. Dorothy não é bem o tipo de personagem complexo, então não era necessária as descrições, por vezes repetitivas, acerca de suas façanhas numa terra estranha, e sentimentos de saudades de casa. Fui esperando uma trama mais encorpada, bem elabora, e acabei encontrando a história de uma criança birrenta e frustrada por não encontrar o caminho de casa (esta que ela detestava nos primeiros parágrafos).
Além disso, o plot twist sobre quem realmente era o tão famoso Mágico de Oz detonou tudo o que eu pudesse pensar ou esperar. Ao meu ver, Baum poderia ter muito mais imaginação para dar uma revelação digna do grande Oz, de quem bate na tecla quase o livro inteiro. Achei a resolução mal construída, como se tudo fosse uma grande lição de moral pra todo mundo ali.
Entretanto, decidi finalizar o livro puramente para saber o final do Homem de Lata. Esse, sim, é um personagem mais relevante, com uma história que poderia ter mais destaque dentro da obra. Me encantei muito com seu jeito centrado e tranquilo de lidar com as situações, e estou doida pra ler a releitura da autora Sarah Winman chamada O Homem de Lata, pois parece ser muito boa.
Além dele, o Espantalho também teve seu lugar em meu coração, por ser um protagonista good vibes e muito inteligente. Ele é o famoso cara gente boa que a gente sempre chama pro churrasco na laje, e seu final foi muito justo.
Ademais, as aventuras que Dorothy e seus 3 amigos passam para chegar a Oz são bem bonitinhas, mas às vezes cansativas. Como é um clássico infantil, tudo parece ser uma espécie de fábula, então não é muito a minha praia.
De qualquer maneira, recomendo vocês lerem, e tirarem as próprias conclusões. Lembrando que tudo aqui falado é estritamente pessoal, então a intenção é somente mostrar a vocês minha opinião de experiência literária, nunca desmerecendo a obra.
Enfim, contem aí se já leram, e se concordam ou discordem de mim! Beijinhos da Cassitta <3